quarta-feira, 30 de abril de 2014

Aventura na Horta com Pooh e Fila Fali


Pooh já chegou e ele é ele mesmo, um gato novo na Quinta.

O Fila Fali adorou, faz-lhe a vida negra. O Pooh, até pode ter mais uns bons centímetros, mas em regra, quem leva a melhor é o Fila Fali. Correm como loucos, esgadanham-se, sobem, descem, rebolam-se e depois, exaustos vem à procura do colinho.

Pooh, só estranhou os cães. Seres muito grandes que o queriam cheirar e lamber ... fez-lhes uns fsssssssssssss, e eriçou-se todo. Não tarda nada são grandes amigaços.

Pooh a explorar a horta
 Ah, mas hoje o Pooh foi conhecer o quintal. Enquanto esta terrível família de felinos se perdia em explorações, eu fazia algumas tentativas hortícolas. Mostrei-lhes o lindo prado de papoilas, as flores das mostardas, o nosso nabo espontâneo que cresce por todo o lado e não sabemos de onde vem e ainda ajudaram-me a  fazer um rearranjo no canteiro sobrelevado que levou  os plantios da Bio-Trocas. Aqui ficam as imagens, pois valem mais do que mil palavras.

Busa Fila Fali a ajudar-me no canteiro sobrelevado

Flor de mostarda
Busa Fila Fali a explorar a horta

domingo, 27 de abril de 2014

Busa Fila Fali

Já tem nome, é oficial.
O docinho chama-se: Busa Fila Fali
Foi a irmã Ilda e o Cunhado Zé que deram as sugestões e nós compusemos o nome. Traduzindo, significa:
Gato que Regressa de Novo

Sim, estamos convencidos ... ele é a Meguinha, a nossa luz e regressou à Quinta da Vinagreira.

Hoje vamos em busca do Pooh, temos esperança que tenha o espírito do Brancolinho ou da Pilritinha. Talvez não tenha de nenhum e seja só ele mesmo. Qualquer das formas o Busa precisa de companhia. Darei novidades após a sua chegada.


sábado, 26 de abril de 2014

Biotrocas da Liberdade

Hoje não é dia da liberdade, ontem foi. Repensando, talvez hoje também seja, pois tendo havido um 25 de Abril na nossa história, todos os dias passaram a ser dias de liberdade.

As pessoas não se reconhecem nesse direito, supostamente adquirido. Não sabem que tem a liberdade de ser. Sim, podemos culpar o mau estado do país e o governo ditador que nos saiu na rifa, mas parece-me que o mal é mais fundo e já criou raízes firmes.

Aprendemos a dizer- sim senhor - a tudo que a vida nos impõe. E vai-se a ver, chegamos a um ponto, onde não resta nada do original, escondeu-se tudo por baixo de camadas sobrepostas de aprendizagem. Perdemos a noção do que somos e confundimo-nos com o que nos disseram que eramos...e neste estado haverá alguma liberdade possível? Hmmmmm

Bouquet agriões da Biotrocas
Após estas reflexões pseudo-políticas, pouco habituais no meu discurso,  a minha história resume-se basicamente a isto: hoje foi efetivamente dia da liberdade na Gê-questa. Depois de uma longa hibernação, organizou-se o primeiro Bio-trocas de 2014. 

Se há lugar para expressar a nossa liberdade, é ali. Não há dinheiro, troca-se tudo, e também não há valor. Basicamente toda gente quer dar o que tem: os plantios que semearam, os bolos que cozinharam, os frutos que colheram ... acreditem em mim, é absolutamente maravilhoso. Ninguém sai de lá a sentir que foi roubado,  que fez má troca, que fez mau negócio ... o lucro é garantido, porque ali partilha-se e basta.

A Quinta da Vinagreira fez um montão de trocas e veio cheia de tesouros para casa: plantios alface, pepino, tomate, beringela, manjericão, agrião, calêndulas e cebolinho. Ainda carregamos um saco de limões da terra, enorme. Um saco cavalinha  pronta para fazer chá em prol da salvação dos tomateiros e batatas do malvado míldeo. Duas anonas, uma já marchou, e por sinal Luís, apesar do receio de a trocares porque estava lascada, digo-te: era deliciosa.

Os Mufins da Graça sem ovos, marcharam logo lá, no o meu pequeno almoço, deliciosos.
Ah e os nabos mostarda do Victor...fiquei apaixonada. Mal chegamos a casa saltei-os à moda do Zé (é meu cunhado e salteia legumes à sua moda Timorense, que são um mimo) e ficaram deliciosos. Victor quero umas sementes destes nabos.

Para acabar em grande deixo-vos o almoço - o estufado de seitan. Pois o seitan foi uma das minhas moedas de troca na feira e chegada a casa foi a moeda de troca do almoço. Aqui fica para queira experimentar. Já agora acompanhei com nabos mostarda salteados e, se forem como eu, não se arrependerão.                                                                                                                   Estufado de Seitan                                     Ingredientes
  • Seitan
  • 1 ceboula
  • 4 batatas médias
  • 1 talo aipo
  • Salsa a gosto
  • Tomatada
  • Pimenta preta
  • Massa de malagueta
  • Louro
  • Vinho   
  • Sal a gosto                                                   
Preparação
1. Refoga-se a cebola até ficar translucida, coloca-se a folha de louro
2. Adiciona-se o seitan aos bocadinhos e refoga mais um pouco
3. Junta-se as batatas cortadas às rodelas e refoga mais um pouco
4.  Adiciona-se a tomatada, vinho, pimenta, massa de malagueta, o talo de aipo cortado, vinho e água. Deixa-se apurar até a batata cozer. Durante a cozedura vá retificando a água para ficar com molho.
5. No final, junte a salsa picada e retifique o sal e, Voilá....

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Dia de Primavera

Hoje é um belo dia de Primavera, no meu cantinho...na Quinta da Vinagreira


Quando acabava de almoçar umas maravilhosas favas à mãe Judite, confecionadas com favinhas acabadas de colher na nossa horta, pus-me a contemplar o dia maravilhoso que estava lá fora. Via a roupa no estendal a abanar ao vento, o sol a entrar pela porta da cozinha, o docinho enroscado na Truma e pensava:
-  Não é realmente preciso muita coisa para se ser feliz, basta estar presente nas coisas mais simples da vida.

Isto é um mistério, mas é um mistério maravilhoso. :)



terça-feira, 22 de abril de 2014

Chegou um docinho à Quinta



 Hoje chegou um docinho à Quinta.

Não sabemos ainda o seu nome, pois, ele apenas o revelará ao seu tempo.

Chegou aqui, como se esta tivesse sempre sido a sua casa. Parece que não deixou nada para trás, nem uma mãe, nem dois irmãos. A casa, essa que ficou, talvez não deixe saudade, é um lugar de passagem, infelizmente, às vezes, definitivo para alguns, o canil municipal.

Chegou aqui,  cheirou os cantos e, não tardou, subia-me ao colo e tranquilamente aninhava-se ao lado do meu computador, como quem diz: sou pequenino, mas aqui em cima estou perto de ti.

Rebola-se, estica as patas fazendo-me festas, ronrona e enrola-se no colinho com muita doçura. Já disse ao meu homem, só existem duas possibilidades; ou este docinho é uma reencarnação da nossa Meguinha ou do Brancolinho e voltou novamente para nós, ou, então, antes de  ele para aqui vir, teve um encontro com eles, que lhe contaram que nós estávamos muito tristes com as suas partidas e, precisávamos muito de algum ser que nos trouxesse luz.

Estou de coração espantado e encantado, é tão bom saber que os que partem olham sempre por nós :)



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