quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O dia da verdade aproxima-se ...

Amanhã será o dia da verdade. Um mês e 4 dias após ter iniciado a odisseia da dieta, é sem dúvida tempo de balanço. Terei de submeter à verdade da balança. Foram muitos dias de bom comportamento com alguns deslizes pelo meio, mas sempre bem justificados. Vejam lá o meu mapa do mês de Julho.




Esta carinha feia do último no estado de hoje da Odisseia de uma Dieta deveu-se a um jantar de amigo.

 Há pessoas diferentes e pessoas que nos inspiram pela sua teimosia em ser o que são. O Décio de Santo António do Monte é uma destas pessoas. Vive como acha que se deve viver e não como os outros acham que se deve viver. Habita numa casa simples, que vem recriando à sua medida, pintando cada quarto de uma cor, como se aquela casa fosse uma arco iris, tal como a sua vida é. E depois é um homem livre, vive do que planta, dos amigos que junta, do calor dos seus animais, da sua música, da sua chamarrita. Não tem emprego. Sabem daqueles que se ganha um ordenado ao fim do mês. Tem um trabalho. Planta, cava, rega e mima a sua agricultura, que a faz para si e para os pássaros, os caracois e outros tantos que precisam de comer. Ele diz: planto já contar com eles e dá para todos.
Abedicou da televisão. do computador, do telemóvel e do dinheiro fácil como guia turístico. A vida é simples nós é que a complicamos..é inevitávelmente sentir isto na sua presença. E sentimos mais, sentimos um apelo a essa originalidade, a esse viver simplesmente.
Digam-me então como poderia eu recusar um convite para jantar do meu amigo Décio? Nunca. Assim dei por mim num serão no seu balcão, porque dentro de casa o calor do fogão de lenha tornava impossível a permanência, sentada numa mesa de madeira a conversar noite fora, acompanhada de umas filestes de peixe porco fritas, umas batatas brancas daquelas que se desfazem quando cozem, umas corgetes grelhadas, uma bela sopa de beldroegas e ainda um vinho de cheiro feito na casa, está claro. Para sobremesa veio uma aguardente de nêveda que escorregava depressa demais para quem ainda tinha de fazer uns kilómetros para o outro Santo António que não o do Monte.
E amanhã cá estarei com um mês de dieta, de aventuras, de deslizes ...tudo em prôle de menos uns kilos e mais umas alegrias nas desventuras e venturas da Odisseia de uma dieta.

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