Enquanto o meu homem procura novas aves na Pedreira da Praia, eu deixo-me ficar. Sentada, no lugar do costume, já percorri as lagoas com os meus binóculos. Vi pilritos, gaivotas, pernas longas, maçaricos-galegos, tarambolas, borrelhos e outras coisas mais.
Para além da paisagem humana, dos cheiros pouco puros, há aqui, também, uma tranquilidade especial. As aves, esses bichos livres, que vem de paragens longínquas até a estas ilhas, enchem o espaço de uma liberdade que é só delas. Sinto-lhes o voo, e ouço-lhes as vozes que me embalam. Então, deixo cair os olhos, e quando dou por mim, já viajei para espaços internos distantes.
Sem comentários:
Enviar um comentário