Depois existem todas as outras plantas, as que trouxemos ao longo de mais 500 anos de história; umas para comer, outras para ornamentar e outras sem darmos conta. Estas, no nosso clima em que não faz frio nem calor, foram crescendo e procriando, fazendo destas nossas pequenas ilhas um imenso jardim da terra inteira. Há-as da Europa, da América, da Austrália, da Nova Zelândia, do Japão, dos Himalaias, etc., etc... Conhecê-las é dar uma volta ao mundo sem sequer sair de casa. E depois há todo um saber à volta das plantas, dos seus usos, habitats, formas, feitios e da sua magia muito própria. Enfim, é um mundo infindável de possibilidades e tesouros a descobrir.
É com este fascínio que há muitos anos ando a tentar organizar o meu herbário pessoal de plantas dos Açores, mas sabem como é, metem-se sempre outras coisas, outros projectos e a recolha das plantinhas vai ficando renegada no canto dos eternos projectos inacabados. Num dia destes, numa das minhas caminhas pela ilha, tive uma ideia genial: e que tal publicar uma crónica no meu blog com o nome: uma planta por dia. Teria de fotografá-la, colhê-la, herbariá-la e partilhá-la no meu blog. Sabem, é que um compromisso com os outros, mesmo que seja com uma comunidade internética indefinida, mantêm-nos mais fiéis ao objectivo do que de outra forma qualquer.
E assim surgiu a crónica: “Plantas da Minha Terra”. Desisti do formato inicial de uma planta por dia, pois à partida seria condenada ao insucesso: Deixo assim a porta mais aberta para quando a oportunidade surgir e me deparar com uma nova planta ir publicando. Quero conseguir recolher a maioria das espécies de plantas que ocorrem na nossa ilha Terceira, o que ronda à volta de umas 650 espécies. É um desafio de coleccionadora, cada nova planta será menos uma na minha imensa lista, até conseguir, quiçá um dia, com a vossa ajuda, o fim do meu herbário de plantas da minha terra.
Então já sabem: se quiserem partilhar esta viagem comigo fiquem atentos, porque vão desfilar aqui, pela Quinta da Vinagreira, desde as grandes árvores até às ínfimas flores da ilha Terceira. Espera-se uma foto, o nome científico e comum, e algum texto; não demasiado formatado, que deixo à inspiração do momento e da magia que cada planta tem para nos oferecer.
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