De volta à casa da Odisseia de uma Dieta. Nestes últimos tempos, estando já muito próximo da minha fasquia final, e tendo toda esta odisseia demorado muito menos que o previsto, amainei as minhas disciplinas diárias de dieta. Não que tenha começado para aí a abusar, me enfardando de pão com queijo ou uns saborosos enchidos regados de bom vinho. Nada disso. Contudo, com os primeiros temperos a Outono e falta de quem me arraste da casa para calcurrear as canadas desta ilha, as minhas caminhadas diárias reduziram-se quase à insegnificância.
Assim esforçando-me relativamente pouco para perder as 5 gramas que faltavam, decidi-me hoje a uma nova pesagem. O meu homem que se ausentou durante umas semanas, jurou, ao chegar, que estava mais magra. Eu contudo desacreditei. O olhar dos outros, no entanto, é por vezes mais certeiro que o nosso e feitas as contas e pesos à parte a balança da farmácia da esquina da Rua Direita (a que me sempre peso) dava hoje a modesta quantia de 58, 60Kg. Estão a ver isto!... sem esforço aparente perdi mais 1,75 kg, passando abaixo do previsto e pretendido. Agora tenho de me pôr a comer muito para chegar aos 60,10 kg ahhahahaha.
Pus-me a pensar o que teria levado a isto. Não se desse o caso de alguma coisa estar descontrolada e o meu corpinho se ter viciado em perder peso. Garanto-vos que não estou anoréxica. Continuo a comer com prazer e mesmo que por vezes a minha digestão se arraste-se mais do que o normal, deixo este corpinho assimilar tudo o que come.
Ocorreu-me então a solução: os magníficos Batidos Verdes.
Essa bebida verdosa e aparentemente pouco apetitosa, passou a fazer parte dos meus pequenos almoços (2 copos grandes) e lanches (1 copo). Chegou até mim através do grande mestre Avelino Ormonde e o seu poder das folhas.
Passou-se que recentemente fiz um curso de agricultura biológica, dado pelo Avelino e de muitas e maravilhosas coisas que aprendi, o poder das folhas nos batitos verdes foram uma delas. Convenceram-me em absoluto. A bebida e o alimento perfeito para o corpo. Uma mistura igual de folhas verdes e frutas batidas no liquificador a alta rotação fazem estas maravilhosas folhas libertar tudo de bom que têm e vejam só: vitaminas, minerais, proteínas, anti-oxidantes, açucares, enfim um manencial inimaginável. Não me vou alargar aqui no assunto, deixando tema para a conversa de amanhã que será acompanhada de uma fotografia do meu batido matinal. Será uma forma de todos fazerem uma careta e logo asseguir irem a correr experimentar.
Por agora só vos posso deixar água na boca. Com homem hoje na cozinha, já me cheira a peixinho assado. Hmmm que belo jantarinho me espera.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Frascos,Frasquinhos e Frasquetes ...
Final do Verão, aproximando-se Setembro, começa um tempo tropeção, com chuvadas graúdas, aragens frescas e mares mais agrestes. Vai-se tornar escassa a fartura do Verão e a ideia que o ano não é feito só de dias de sol começa a tomar espessura no espírito. È por isso a altura ideal, de tal como as formigas, armazenar para o longo e sempre difícil Inverno.
È o tempo das uvas, dos figos, das amoras, das uvas-da-serra...sim é esse tempo adorável das compotas, mas também dos pickles (curtumes). È altura de enfrascar, se me permitem o termo.
Adoro este acto de armazenagem. Primeiro é claro porque ele é sempre antecedido pela recolha, e a recolha implica campo, ar livre e passeios. Adoro pegar no meu saco e ir por essas canadas recolhendo os frutos que o Verão ainda oferece.
Tenho o verdadeiro espírito do recolector e por isso talvez o mês de Setembro é o meu mês favorito por excelência.
Este ano comecei as minhas artes recolectoras ainda antes deste mágico mês. Era ainda Julho e já andava eu a deambular em busca de qualquer coisinha para apanhar. Andava pelas rochas do Pico a apanhar perrexil, pelos campos da ilha em busca de oregãos e poejo. Enfim, consegui um bom molhe de oregãos, bons para o Inverno, e 17 frascos de curtume.
Um dos meus frasco coloridos de curtume |
Este ano não podia falhar o curtume. Tenho sempre na memória os grandes frascos de vidro grosso que a minha mãe enchia de perrexil, tomates verdes e cebolas e que nos alimentavam o Inverno inteiro. Este ano em casa dos pais, com o quintal da minha mãe e a sua orgulhosa cultura orgânica, haviam os ingredientes todos, só faltava mesmo um bom molhe de perrexil da beira costa. E assim foi que entre passeios de saco na mão colhemos o sufiente para esta bela quantia de frascos coloridos que decoram agora o topo do meu frigorífico.
Embora mais uma partida se avizinhe espero na chegada ainda encontrar umas amoras e que os meus figos se resolvam a amadorecer. Quero encher a casa de frascos, frasquinhos e frasquetes cheios de Verão ...
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
O dia à dia da Odisseia de uma Dieta ...
Hoje foi mais um daqueles dias pecaminosos. Candida,a minha amiga do coração, fez hoje os seus 38 aninhos. Já agora um grande Parabéns a ela, principalmnete porque agora fica mais velha que eu..ahahahha. E anos de uma melhor amiga a que vos cheira no regime diário de alguém que anda em dieta? Mal, só pode. Entre uma bela feijoada e o bolo absolutamente pecaminoso da Liliana, lá cá vieram parar mais umas fabulosas calorizinhas...
Bem, mas mudando de assunto para não deprimir em demasiado...para além de que amanhã vou dar uma caminha dupla em mote de compensação, vou hoje aqui deixar, a pedido de algumas famílias, o dia a dia (o bem comportado, é claro) da odisseia de uma dieta. O que tirei e que o que introduzi nas minhas deambulações diárias.
Assim digamos que a lógica geral foi comer menos e fazer mais exercício. O dia começa então assim:
Bem, mas mudando de assunto para não deprimir em demasiado...para além de que amanhã vou dar uma caminha dupla em mote de compensação, vou hoje aqui deixar, a pedido de algumas famílias, o dia a dia (o bem comportado, é claro) da odisseia de uma dieta. O que tirei e que o que introduzi nas minhas deambulações diárias.
Assim digamos que a lógica geral foi comer menos e fazer mais exercício. O dia começa então assim:
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Regresso...
Após o suspense do dia da verdade, fiz um silêncio profundo aqui no blog. Este podería agoirar um abandono do meu objectivo, talvez face a um resultado pouco simpático da balança...Tudo errado, se os meus seguidores pensavam que desistia, nem pensar nisso. É que alguns contratempos apareceram no meu caminho e afastaram-me desta vida de bloguista. Primeiro foi a balança. Como queria me pesar numa balança de farmácia, já que a primeira pesagem tinha sido feita numa destas e acreditava assim mais no resultado, vi o meu plano ir pela água abaixo, pois a balança da farmácia de São Roque do Pico estava avariada..ups...e depois seguiram-se rigorosamente as férias viajando para a outra ponta do arquipélago, para Santa Maria e depois para São Miguel e onde a internet não fazia parte dos meus planos. Só atraquei novamente na Terceira antes de ontem e só ontem fui à mesma farmácia e à mesma balança saber o veredito de quase 1 mês e meio de dieta. Escusado será dizer que estes 10 dias de férias mereceram quase todos uma cara feia. Poucas caminhadas e provas da gastronomia local das duas ilhas, não me permitiram grande fidelidade ao plano da Odissei de uma Dieta.
Vamos fazer resumo das férias do ponto de vista da Odisseia:
:) - Pontos Positivos - tiveram nos pequenos almoços em Santa Maria, sentada na nossa casinha do Arrebentão em Santa Bárbara, contemplando a paisagem e comendo pão (caseiro belícimo, mas sempre em doses controladas) acompanhado de queijo fresco. Alguns jantares bem comportados, as meloas da Graciosa, umas braçadas na Praia Formosa e o passeio à volta da lagoa das Furnas.
:( Pontos negativos (mas cheios de prazer) - tiveram nas alheiras de Santa Maria, nos bolos lêvedos quentinhos das Furnas, na visita pecaminosa ao Cantinho do Cais, restaurante que passa desapercebido na freguesia de São Brás. Vale a pena dar uma escapadela aqui para quem quiser se deliciar com uma comidinha caseira. A entrada é feita sempre com uma bela sopa de peixe. E depois um cardápio mais rico em peixe de onde eu escolhi o delicioso molho de peixe...qualquer coisa de divinal...quem quer comer bem em São Miguel não escape a este cantinho e para mais tudo gente simpática....depois ainda houve um churrasco com amigos na Ponta do Sossego e uma pizza no 7 Arcos no Nordeste....que dias uuffff
E agora vamos ao que interessa ...!!!
Lá saltei para a balança depois de um momento de puro sofrimento porque faltava papel e a menina da farmácia não atinava a metê-lo na máquina...já pensava eu: mais uma avariada, os deuses estão contra mim. Enfim, mas lá o papel entrou eu saltei para a máquina, meti a moeda...trrrrrr...e saíu o Papel...
Lembram-se o primeiro papelinho dizia 67, 10. Feitas as contas e os descontos (já que tinha uns ténis na primeira pesagem que devem ter para aí quase 1 kg) perdi à volta de 5 Kg....Nada mau...quase que num mês conseguia fazer o que quero num ano...quer dizer que posso comer agora à fartazana...ehehehehhe...nnannananan. Voltaram os tempos de austeridade, hoje já tenho caminhada planeada, almoço leve e jantar sopinha....
Hoje é um dia Feliz na Odisseia de uma dieta
Vamos fazer resumo das férias do ponto de vista da Odisseia:
:) - Pontos Positivos - tiveram nos pequenos almoços em Santa Maria, sentada na nossa casinha do Arrebentão em Santa Bárbara, contemplando a paisagem e comendo pão (caseiro belícimo, mas sempre em doses controladas) acompanhado de queijo fresco. Alguns jantares bem comportados, as meloas da Graciosa, umas braçadas na Praia Formosa e o passeio à volta da lagoa das Furnas.
Vista da mesa do pequeno almoço. Arrebentão, Santa Bárbara (Santa Maria). |
Lagoa das Furnas |
Restaurante Cantinho do Cais em São Brás (São Miguel). Um cantinho de gastronomia pecaminosa. |
E agora vamos ao que interessa ...!!!
Como estamos de quilinhos?????!!!!
Lá saltei para a balança depois de um momento de puro sofrimento porque faltava papel e a menina da farmácia não atinava a metê-lo na máquina...já pensava eu: mais uma avariada, os deuses estão contra mim. Enfim, mas lá o papel entrou eu saltei para a máquina, meti a moeda...trrrrrr...e saíu o Papel...
Tarammm...o papelinho dizia. 61, 35 Kg iuuupiiiiiiiiiiiiiiii
Hoje é um dia Feliz na Odisseia de uma dieta
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
O dia da verdade aproxima-se ...
Amanhã será o dia da verdade. Um mês e 4 dias após ter iniciado a odisseia da dieta, é sem dúvida tempo de balanço. Terei de submeter à verdade da balança. Foram muitos dias de bom comportamento com alguns deslizes pelo meio, mas sempre bem justificados. Vejam lá o meu mapa do mês de Julho.
Esta carinha feia do último no estado de hoje da Odisseia de uma Dieta deveu-se a um jantar de amigo.
Há pessoas diferentes e pessoas que nos inspiram pela sua teimosia em ser o que são. O Décio de Santo António do Monte é uma destas pessoas. Vive como acha que se deve viver e não como os outros acham que se deve viver. Habita numa casa simples, que vem recriando à sua medida, pintando cada quarto de uma cor, como se aquela casa fosse uma arco iris, tal como a sua vida é. E depois é um homem livre, vive do que planta, dos amigos que junta, do calor dos seus animais, da sua música, da sua chamarrita. Não tem emprego. Sabem daqueles que se ganha um ordenado ao fim do mês. Tem um trabalho. Planta, cava, rega e mima a sua agricultura, que a faz para si e para os pássaros, os caracois e outros tantos que precisam de comer. Ele diz: planto já contar com eles e dá para todos.
Abedicou da televisão. do computador, do telemóvel e do dinheiro fácil como guia turístico. A vida é simples nós é que a complicamos..é inevitávelmente sentir isto na sua presença. E sentimos mais, sentimos um apelo a essa originalidade, a esse viver simplesmente.
Digam-me então como poderia eu recusar um convite para jantar do meu amigo Décio? Nunca. Assim dei por mim num serão no seu balcão, porque dentro de casa o calor do fogão de lenha tornava impossível a permanência, sentada numa mesa de madeira a conversar noite fora, acompanhada de umas filestes de peixe porco fritas, umas batatas brancas daquelas que se desfazem quando cozem, umas corgetes grelhadas, uma bela sopa de beldroegas e ainda um vinho de cheiro feito na casa, está claro. Para sobremesa veio uma aguardente de nêveda que escorregava depressa demais para quem ainda tinha de fazer uns kilómetros para o outro Santo António que não o do Monte.
E amanhã cá estarei com um mês de dieta, de aventuras, de deslizes ...tudo em prôle de menos uns kilos e mais umas alegrias nas desventuras e venturas da Odisseia de uma dieta.
Esta carinha feia do último no estado de hoje da Odisseia de uma Dieta deveu-se a um jantar de amigo.
Há pessoas diferentes e pessoas que nos inspiram pela sua teimosia em ser o que são. O Décio de Santo António do Monte é uma destas pessoas. Vive como acha que se deve viver e não como os outros acham que se deve viver. Habita numa casa simples, que vem recriando à sua medida, pintando cada quarto de uma cor, como se aquela casa fosse uma arco iris, tal como a sua vida é. E depois é um homem livre, vive do que planta, dos amigos que junta, do calor dos seus animais, da sua música, da sua chamarrita. Não tem emprego. Sabem daqueles que se ganha um ordenado ao fim do mês. Tem um trabalho. Planta, cava, rega e mima a sua agricultura, que a faz para si e para os pássaros, os caracois e outros tantos que precisam de comer. Ele diz: planto já contar com eles e dá para todos.
Abedicou da televisão. do computador, do telemóvel e do dinheiro fácil como guia turístico. A vida é simples nós é que a complicamos..é inevitávelmente sentir isto na sua presença. E sentimos mais, sentimos um apelo a essa originalidade, a esse viver simplesmente.
Digam-me então como poderia eu recusar um convite para jantar do meu amigo Décio? Nunca. Assim dei por mim num serão no seu balcão, porque dentro de casa o calor do fogão de lenha tornava impossível a permanência, sentada numa mesa de madeira a conversar noite fora, acompanhada de umas filestes de peixe porco fritas, umas batatas brancas daquelas que se desfazem quando cozem, umas corgetes grelhadas, uma bela sopa de beldroegas e ainda um vinho de cheiro feito na casa, está claro. Para sobremesa veio uma aguardente de nêveda que escorregava depressa demais para quem ainda tinha de fazer uns kilómetros para o outro Santo António que não o do Monte.
E amanhã cá estarei com um mês de dieta, de aventuras, de deslizes ...tudo em prôle de menos uns kilos e mais umas alegrias nas desventuras e venturas da Odisseia de uma dieta.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Gestão de Áreas Protegidas
Há dias assim. Sai-se de casa para assistir a um encontro sobre gestão de áreas protegidas na Madalena do Pico. O programa promete, um conjunto de nomes de várias partes do mundo. Imagino logo grandes aprendizagens nas palestras interessantes de cientistas vindos de mundos teoricamente mais desenvolvidos que o meu .. Hmm...A desilusão. O mundo é muito mais pequeno que pensamos e os problemas, conflitos e guerras ambientais repetem-se de forma monocórdica por esse mundo fora...os mesmos chavões: o dito desenvolvimento sustentável, a badala da participação pública, ect ...enfim com isto era sem dúvida preciso alguma coisa para alegrar esta alma desiludida e nada como uma almoço de jeito no Ancoradouro.
Ali sentada em frente ao Porto da Areia Larga, mirando o Faial ao fundo. Sim porque no Pico há sempre uma ilha no horizonte, ou quase sempre, na verdade nem sempre. A esplanada virada ao mar e uma ementa repleta de delícias desse oceano. É sem dúvida o melhor restaurante do Pico e talvez dos Açores. Em poucas palavras: come-se bem. E assim ganhei merecidamente hoje a minha medalha de mau comportamento. Embora tenha passado as entradas, com custo porque aqui sempre vem um bom queijinho do Pico e as sobremesas, mesmo assim o abuso foi muito. Uma espetada de peixe e um polvo dourado partilhados a meias e regados com um vinho branco da casa e saído das vinhas do Pico, o Cancela do Porco.
Resultado já é tarde e mesmo depois de uma caminhada de 4 km no meu percurso favorito, o almoço ainda se vai digerindo dentro de mim. Como resultado o jantar foi frugal: uma fatia de melancia e prontos. Sonharei com um dia de amanhã cheio de delicias diatéticas, ainda por cima a previsão promete chuva, por isso é certo que ficarei em casa bem comportada comendo pouco e trabalhando muito.
Restaurante o Ancoradouro |
Resultado já é tarde e mesmo depois de uma caminhada de 4 km no meu percurso favorito, o almoço ainda se vai digerindo dentro de mim. Como resultado o jantar foi frugal: uma fatia de melancia e prontos. Sonharei com um dia de amanhã cheio de delicias diatéticas, ainda por cima a previsão promete chuva, por isso é certo que ficarei em casa bem comportada comendo pouco e trabalhando muito.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Pelos Caminhos das Vinhas
Se há passeio que valha a pena é percorrer o caminho entre o Lagido e o Cabrito na ilha do Pico. Com uma nota importante, é certo, há que percorrê-lo ao fim do dia, uns instantes antes do pôr do sol.
Na escolha dos meus percursos para a caminhada diária, fomos até Santa Luzia e aos seus caminhos da costa. Hoje todos melhorados e suas costas já com outros confortos mais de casas de veraneio do que adegas. Um parêntises chamamos costas aos pequenos aglomerados de adegas que se estendem ao longo da costa e que em tempo eram terras de transumância, ocupadas a penas durante o Verão para as vindimas.
De início percorremos o caminho entre o Lagido e a Furnezinha. Confesso que não gostei. É quase uma auto-estrada entre Santa Luzia e a Madalena, não permite a tranquilidade de um passeio. Passei então para o percurso alternativo entre o Lagido e o Cabrito... Não sei que vos diga, é o caminho ideal para nos deixarmos vaguear num fim de tarde na ilha do Pico. A tranquilidade dos matos, do mar ali tão perto da outra ilha, São Jorge, ao fundo enquadrando o horizonte.
Entre uns míseros carros que passam e o encontro com algumas pessoas nos Arcos e no Cabrito a caminhada é feita sobre uma tranquilidade perfeita de fim de tarde. Estende-se no negrume pachorrento das lages de lava, salpicadas de perrexil, cabreolas e bracel, nas muralha de pedra escura como uma noite sem estrelas, nas curraletas das vinhas, nas meia luas de pedra que abrigam as figueiras. E assim se deambula até chegar a outra costa, a outro aglomerado de pequenas adegas na sua maioría de pedra. Adegas com os seus alpenderes com mesas de madeira compridas e bancos corridos e de onde nos salta o cheiro de jantares e almoços em família de peixe frito com batatas cozidas, caranguejos guisados ou de caldos de peixe cheirosos. Sonhamos em ter uma casa na costa, de fazer parte das tardes longas, dos cheiros intensos a mato a maresia e a vinho.
E vamos movendo um pé atrás do outro e contemplando, tornando cada passo uma espécie de ritual até nos depararmos com o local do culto por excelência, onde todos os deuses gostariam de ter casa. A singela e negra ermida do Cabrito. Não minto talvez se disser que é a mais bonita dos Açores, diria do mundo, mas ninguém me iria acreditar. Está ali no meio do nada afastada das casas, sozinha, contemplando o mar. Ali quase em cima da rocha com a sua porta verde de madeira, as suas pedras trabalhadas de estranhos símbolos e um pequeno campanário que nem sino tem. Não resisto e faço sempre o desvio, entrando pelo caminho de terra que me leva até ela, e demoro-me à sua frente olhando-a, sorrindo-lhe pela sua beleza simples que me enche a alma. E antes de partir benzo-me sempre...porque me é impossível não acreditar que esta ermida é divina que esta é a casa de um deus qualquer, ou de que ela mesmo é o próprio Deus. Depois sigo caminho até chegar à última costa antes de fazer o caminho de volta. O Cabrito. É a mais simples das costas de Santa Luzia, e por isso mesmo a que gosto mais, aquela que para mim guarda melhor a sua autenticidade.
Depois volto e a volta é o fim do dia. Todos os dias repete-se o espectáculo e sem nunca me fartar, sentindo que todos os dias é a primeira vez, vejo o sol a ser engolido num horizonte infinito de mar e uns passos mais à frente o passeio acaba o dia acaba renovando a esperança de amanhã sempre mais um dia aqui.
Na escolha dos meus percursos para a caminhada diária, fomos até Santa Luzia e aos seus caminhos da costa. Hoje todos melhorados e suas costas já com outros confortos mais de casas de veraneio do que adegas. Um parêntises chamamos costas aos pequenos aglomerados de adegas que se estendem ao longo da costa e que em tempo eram terras de transumância, ocupadas a penas durante o Verão para as vindimas.
De início percorremos o caminho entre o Lagido e a Furnezinha. Confesso que não gostei. É quase uma auto-estrada entre Santa Luzia e a Madalena, não permite a tranquilidade de um passeio. Passei então para o percurso alternativo entre o Lagido e o Cabrito... Não sei que vos diga, é o caminho ideal para nos deixarmos vaguear num fim de tarde na ilha do Pico. A tranquilidade dos matos, do mar ali tão perto da outra ilha, São Jorge, ao fundo enquadrando o horizonte.
Entre uns míseros carros que passam e o encontro com algumas pessoas nos Arcos e no Cabrito a caminhada é feita sobre uma tranquilidade perfeita de fim de tarde. Estende-se no negrume pachorrento das lages de lava, salpicadas de perrexil, cabreolas e bracel, nas muralha de pedra escura como uma noite sem estrelas, nas curraletas das vinhas, nas meia luas de pedra que abrigam as figueiras. E assim se deambula até chegar a outra costa, a outro aglomerado de pequenas adegas na sua maioría de pedra. Adegas com os seus alpenderes com mesas de madeira compridas e bancos corridos e de onde nos salta o cheiro de jantares e almoços em família de peixe frito com batatas cozidas, caranguejos guisados ou de caldos de peixe cheirosos. Sonhamos em ter uma casa na costa, de fazer parte das tardes longas, dos cheiros intensos a mato a maresia e a vinho.
E vamos movendo um pé atrás do outro e contemplando, tornando cada passo uma espécie de ritual até nos depararmos com o local do culto por excelência, onde todos os deuses gostariam de ter casa. A singela e negra ermida do Cabrito. Não minto talvez se disser que é a mais bonita dos Açores, diria do mundo, mas ninguém me iria acreditar. Está ali no meio do nada afastada das casas, sozinha, contemplando o mar. Ali quase em cima da rocha com a sua porta verde de madeira, as suas pedras trabalhadas de estranhos símbolos e um pequeno campanário que nem sino tem. Não resisto e faço sempre o desvio, entrando pelo caminho de terra que me leva até ela, e demoro-me à sua frente olhando-a, sorrindo-lhe pela sua beleza simples que me enche a alma. E antes de partir benzo-me sempre...porque me é impossível não acreditar que esta ermida é divina que esta é a casa de um deus qualquer, ou de que ela mesmo é o próprio Deus. Depois sigo caminho até chegar à última costa antes de fazer o caminho de volta. O Cabrito. É a mais simples das costas de Santa Luzia, e por isso mesmo a que gosto mais, aquela que para mim guarda melhor a sua autenticidade.
Depois volto e a volta é o fim do dia. Todos os dias repete-se o espectáculo e sem nunca me fartar, sentindo que todos os dias é a primeira vez, vejo o sol a ser engolido num horizonte infinito de mar e uns passos mais à frente o passeio acaba o dia acaba renovando a esperança de amanhã sempre mais um dia aqui.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Festas de Verão ...
Depois do longo Inverno os ilhéus anseiam pelas longas noites de Verão. Anseiam o movimento, a troca e as novas caras. E não as podemos censurar, as brumas e o isolamento podem ser bastante sufocantes para quem vive numa ilha pequena ou mesmo numa ilha grande em tamanho, mas pequena em pessoas, como a ilha do Pico. E há que aproveitar porque se há coisa que é breve nos Açores é mesmo o Verão.E assim surgem as festas de Verão. Cada ilha com a sua. Vários dias de festa, concertos, tascas, desfiles e os arraias onde pessoas da ilha e outras tantas das ilhas em frente juntam-se todas as noites para o riso, para conversa para o respirar sem amarras. São as noites para extravasar.
Foi assim, embebida por este espírito estival que dei por mim ontem à noite no meio da festa de Santa Maria Madalena. Sentada numa tasca, a ouvir a banda tocar, os gritos e as palavras misturadas no ar desse fernezim de libertação do tempo chuvoso.
Uma tasca de uma festa de Verão não pode agoirar grande coisa para a Odisseia de uma Dieta. Então num acto de bravura decidi dar-me folga. Vejam só: lulas guisadas, salada de polvo, favas de festa (do Pico que se note, que são únicas e deliciosas) e ainda um caranguejo e uma bifana de bife de albacora. Tudo regado por 3 cervejinhas....ui que maravilha. Acrescento aqui, para não se deprimirem por mim que estes petiscos foram partilhados, não fui a única responsável por os fazer desaparecer do prato.
Depois deste repasto fui gastar calorias para o último concerto da noite: os Bandarra. Banda faialense, mas com carisma do mundo. Ritmos de todo lado, misturados com a ironia alegre das suas letras e o som de mil instrumentos e de outros tantos chapéus que o vocalista ía desfilando ao longo do concerto. Aquilo é que foi "pinchar" até quase às 3 da manhã...mas já para o fim a relva mesmo ali ao lado teve o previlégio do peso do meu corpo...e amanhã, ui amanhã será sem dúvida outro dia... ;)
Foi assim, embebida por este espírito estival que dei por mim ontem à noite no meio da festa de Santa Maria Madalena. Sentada numa tasca, a ouvir a banda tocar, os gritos e as palavras misturadas no ar desse fernezim de libertação do tempo chuvoso.
Uma tasca de uma festa de Verão não pode agoirar grande coisa para a Odisseia de uma Dieta. Então num acto de bravura decidi dar-me folga. Vejam só: lulas guisadas, salada de polvo, favas de festa (do Pico que se note, que são únicas e deliciosas) e ainda um caranguejo e uma bifana de bife de albacora. Tudo regado por 3 cervejinhas....ui que maravilha. Acrescento aqui, para não se deprimirem por mim que estes petiscos foram partilhados, não fui a única responsável por os fazer desaparecer do prato.
Depois deste repasto fui gastar calorias para o último concerto da noite: os Bandarra. Banda faialense, mas com carisma do mundo. Ritmos de todo lado, misturados com a ironia alegre das suas letras e o som de mil instrumentos e de outros tantos chapéus que o vocalista ía desfilando ao longo do concerto. Aquilo é que foi "pinchar" até quase às 3 da manhã...mas já para o fim a relva mesmo ali ao lado teve o previlégio do peso do meu corpo...e amanhã, ui amanhã será sem dúvida outro dia... ;)
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Dias de Viagem ...
Hoje um dia difícil para a odisseia de uma dieta...
Um dia de viagem torna difícil manter todas as regrinhas de uma dieta. Foram 6 horas dentro de um barco, longe de casa onde se podem controlar as refeições, o que se come, quando e como se come. E depois que me desculpem...aquele horizonte infinito de mar, a cadência do balanço a inércia de nada para se fazer, ui a vontade de comer torna-se um tentação irrecusável. É certo que levei na minha mochila uma meloazinha madurinha e no ponto para lanchar. Mas só me apetecia porcarias. Só sonhava com as patas de veado que vendem no bar do barco. Passado algumas horas a me degladear entre a meloa e as goludices do bar, disse:
Que se lixe vou ao bar, quero comer. Cheguei olhei para a montra e lá estavam as patas de veado. Aquele pão de ló envoldido em doce de ovos com um fio de canela, aquela textura humida, já a imaginava a se desfazer na minha boca. Pus-me na fila para o caixa, que era longa por sinal. Foi como uma penitência entre o bom senso e a tentação. Deambulei na escolha entre as patas de veado, as empadanilhas de frango, os bolo de arroz ...Chegado ao caixa da minha boca saíu o pedido: duas águas e uma chapata de fiambre ;)...ai que aquela patinha de veado estava tão apetitosa, mas não sei como resisti..a chapata não era grande coisa, mas certamente menos pecaminosa.
Enfim foi um dia com algumas escapadelas, mas nada de muito grave ...
Amanhã novo dia, numa nova terra. Terei de ajustar rotinas e fazer ajustes. Tudo se torna um pouco mais difícil longe do nosso ambiente controlado. A casa dos pais é um ambiente propício às derrapagens...vamos lá ver como isto corre, um mês de viagem, um mês de aventuras.
Um dia de viagem torna difícil manter todas as regrinhas de uma dieta. Foram 6 horas dentro de um barco, longe de casa onde se podem controlar as refeições, o que se come, quando e como se come. E depois que me desculpem...aquele horizonte infinito de mar, a cadência do balanço a inércia de nada para se fazer, ui a vontade de comer torna-se um tentação irrecusável. É certo que levei na minha mochila uma meloazinha madurinha e no ponto para lanchar. Mas só me apetecia porcarias. Só sonhava com as patas de veado que vendem no bar do barco. Passado algumas horas a me degladear entre a meloa e as goludices do bar, disse:
Que se lixe vou ao bar, quero comer. Cheguei olhei para a montra e lá estavam as patas de veado. Aquele pão de ló envoldido em doce de ovos com um fio de canela, aquela textura humida, já a imaginava a se desfazer na minha boca. Pus-me na fila para o caixa, que era longa por sinal. Foi como uma penitência entre o bom senso e a tentação. Deambulei na escolha entre as patas de veado, as empadanilhas de frango, os bolo de arroz ...Chegado ao caixa da minha boca saíu o pedido: duas águas e uma chapata de fiambre ;)...ai que aquela patinha de veado estava tão apetitosa, mas não sei como resisti..a chapata não era grande coisa, mas certamente menos pecaminosa.
Enfim foi um dia com algumas escapadelas, mas nada de muito grave ...
Amanhã novo dia, numa nova terra. Terei de ajustar rotinas e fazer ajustes. Tudo se torna um pouco mais difícil longe do nosso ambiente controlado. A casa dos pais é um ambiente propício às derrapagens...vamos lá ver como isto corre, um mês de viagem, um mês de aventuras.
sábado, 16 de julho de 2011
Pecados justificados...
Ontem portei-me muito bem. Mais um dia de dieta alimentar cumprida e com caminhada de 7 km com o impensável, um pouco de corrida pelo meio. Mas depois da bonança vem a tempestade. Bem acho que é ao contrário, mas não interessa, o que interessa mesmo é que hoje foi um dia mais tempestuoso. Contudo com uma tempestade justificável.
A caminhada e o jantar de sopa foram-se ...ups :(. Foram subtituídas por uma saída para o observação de aves e um respectivo jantar que se seguiu. Foi uma boa causa. O grupo de visitantes que se deslocou à ilha no âmbito do voluntariado ambiental, organizado pela associação Gê-Questa, merecia um vislumbre das aves, que tal como eles, arribam por aqui de passagem. E assim foi a caminha subtituída por uns binóculos, uns borrelhos aqui, uns maçaricos-de-bico-direito ali e umas rolas-do.mar acolá. Depois seguiu-se um simpático jantar no forte de São Mateus e menos mal a ementa não era demasido pecaminosa: um peixinho assado, umas lapas grelhadas e uma espécie de caldeirada acompanhada de salada e batatas assadas. Foi certamente um jantar mais farto que a minha sopinha de feijão com couve que já estava na panela pronta a saltar para as malgas.
Paciência ...Amanhã é outro dia no qual tenciono em absoluto mudar o estado do tempo deste blog...amanhã o sol brilhará e o sorriso vai voltar de novo ao topo da página.
A caminhada e o jantar de sopa foram-se ...ups :(. Foram subtituídas por uma saída para o observação de aves e um respectivo jantar que se seguiu. Foi uma boa causa. O grupo de visitantes que se deslocou à ilha no âmbito do voluntariado ambiental, organizado pela associação Gê-Questa, merecia um vislumbre das aves, que tal como eles, arribam por aqui de passagem. E assim foi a caminha subtituída por uns binóculos, uns borrelhos aqui, uns maçaricos-de-bico-direito ali e umas rolas-do.mar acolá. Depois seguiu-se um simpático jantar no forte de São Mateus e menos mal a ementa não era demasido pecaminosa: um peixinho assado, umas lapas grelhadas e uma espécie de caldeirada acompanhada de salada e batatas assadas. Foi certamente um jantar mais farto que a minha sopinha de feijão com couve que já estava na panela pronta a saltar para as malgas.
Paciência ...Amanhã é outro dia no qual tenciono em absoluto mudar o estado do tempo deste blog...amanhã o sol brilhará e o sorriso vai voltar de novo ao topo da página.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Uma carinha menos feliz...
Hoje o meu blog está menos brilhante, sem aquela carinha risonha lá ao canto. Um bocadinho mais intristecido. Nada muito grave, nada de muito sombrio. Só falhei alguns preceitos ontem. O jantar, com falta de material em casa, acabou numa massa vegetariana em vez da minha prometida sopa...e a caminhadinha, assunto aliás que tenho de desenvolver, foi piquininha.
Com peso na consciência de não dar já há dias um passeio com as minhas crianças (caninas) e sem carro para ir mais longe, acabei por dar a volta típica na canada mais acima de casa. É uma canada pequena, pelo que grande parte do percurso tenho de o fazer saltando de pastagem em pastagem, pelo que acabo por não andar muito. Deveria seguir o exemplo das crianças que em cada quadrado de erva correm enfurecidas por uma força maior. Enfim, nem todas. A minha Lequina, de perna curta, segue escrupulosamente o meu compasso, não saindo da minha sombra.
Bem hoje é outro dia. Depois de um peixe cozido ao almoço, janto uma fantástica sopa de tomate (da terra e do mercado). E para compensar o dia de ontem proponho-me a uma caminha de 7km.
Aliás neste momento, porque já passaram umas horas desde que comecei a escrever este post, nem só me propus como ja fiz a minha longa caminhada de compensação e o mais incrivel é que corri durante 1 km (era uma descida, ahahah)...isto é absolutamente inédito. Qualquer dia sou atleta de alta competição ;)
Com peso na consciência de não dar já há dias um passeio com as minhas crianças (caninas) e sem carro para ir mais longe, acabei por dar a volta típica na canada mais acima de casa. É uma canada pequena, pelo que grande parte do percurso tenho de o fazer saltando de pastagem em pastagem, pelo que acabo por não andar muito. Deveria seguir o exemplo das crianças que em cada quadrado de erva correm enfurecidas por uma força maior. Enfim, nem todas. A minha Lequina, de perna curta, segue escrupulosamente o meu compasso, não saindo da minha sombra.
Bem hoje é outro dia. Depois de um peixe cozido ao almoço, janto uma fantástica sopa de tomate (da terra e do mercado). E para compensar o dia de ontem proponho-me a uma caminha de 7km.
Aliás neste momento, porque já passaram umas horas desde que comecei a escrever este post, nem só me propus como ja fiz a minha longa caminhada de compensação e o mais incrivel é que corri durante 1 km (era uma descida, ahahah)...isto é absolutamente inédito. Qualquer dia sou atleta de alta competição ;)
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Deambulações sobre a comida!
Parece incrível, quem decidiu escrever um blog sobre a sua dieta e a única coisa que publica ou posta, nesta linguagem de bloguista, são receitas ou deambulações gastronómicas. Aparenta a travessia do deserto, com miragens permanentes de água e oásis num horizonte tremeliquante. Prometo...não estou com alucinações, com desejos incontroláveis, com sonhos de bocados de pão barrados de manteiga, bolos recheados de creme ou pizzas a pigar de queijo. Nop ... nada disto, nem penso nos bolos, nem no queijo, nem em nada daquilo que decidi retirar temporariamente da minha dieta. Contudo o meu, sim podemos mesmo chamar, "fetiche" pela a comida continua vivo e alimento-o sem remorsos.
Adoro comida ...deve ser mal de família ... tendo em conta que até meu pai que nunca tinha pegado num tacho, aos 70 anos decidiu que queria ser cozinheiro e partilha hoje as suas receitas no jornal lá da terra. Só pode estar nos genes. A comida fascina-me. Adoro literatura suculenta ..ui isto parece mal...reformulo-me, literatura que se perde em longos parágrafos sobre comida. Vejam lá até nos velhinhos "Cinco" da minha juventude deliciava-me com as descrições da despensa, onde os irmãos e os primos se iam reabastecer para os seus acampamentos. E imaginem falava-se aí de enlatados reles longe de qualquer cozinha digna de registo. Ui e os livros da teleculinária do chefe Silva...quantas horas passei eu a folhear aquelas páginas da encadernação reles que havia lá por casa. As folhas iam-se soltando a cada passagem dos meus olhos comedores e das minhas salivações crescentes. Sim, admito a comida é uma fonte prazer, seja ela no prato, na literatura, nas fotografias, nos livros de receitas, na casa dos amigos, na casa dos pais, nas viagens. Gosto de ver, de cheirar de experimentar. Aguça-me todos sentidos.
E com raio se estou de dieta devo-me negar a este meu prazer??!!...nem de perto nem de longe. Aguça-me a curiosodade de encontrar pratos mais leves, de fazer novas combinações, de descubrir novos sabores. Se à coisa que é mais do que certa, apesar de o objectivo a verde lá em cima ser perder uns kg, a verdade é que quero ganhar muito mais do que perder...é assim que todos os dias encaro esta dieta, nada de sacrifícios. Sorrir muito, descubrir muito, criar muito e divertir-me à brava... Passou uma semana e o sorriso continua lá amarelinho e escancarado...Esta odisseia de uma dieta vai de vento em poupa,...e aguardem ahahah para não fugir ao tema amanhã virão umas almondegazinhas de aveia que degostei no meu almoço de domingo ...me aguardem ;)
Adoro comida ...deve ser mal de família ... tendo em conta que até meu pai que nunca tinha pegado num tacho, aos 70 anos decidiu que queria ser cozinheiro e partilha hoje as suas receitas no jornal lá da terra. Só pode estar nos genes. A comida fascina-me. Adoro literatura suculenta ..ui isto parece mal...reformulo-me, literatura que se perde em longos parágrafos sobre comida. Vejam lá até nos velhinhos "Cinco" da minha juventude deliciava-me com as descrições da despensa, onde os irmãos e os primos se iam reabastecer para os seus acampamentos. E imaginem falava-se aí de enlatados reles longe de qualquer cozinha digna de registo. Ui e os livros da teleculinária do chefe Silva...quantas horas passei eu a folhear aquelas páginas da encadernação reles que havia lá por casa. As folhas iam-se soltando a cada passagem dos meus olhos comedores e das minhas salivações crescentes. Sim, admito a comida é uma fonte prazer, seja ela no prato, na literatura, nas fotografias, nos livros de receitas, na casa dos amigos, na casa dos pais, nas viagens. Gosto de ver, de cheirar de experimentar. Aguça-me todos sentidos.
E com raio se estou de dieta devo-me negar a este meu prazer??!!...nem de perto nem de longe. Aguça-me a curiosodade de encontrar pratos mais leves, de fazer novas combinações, de descubrir novos sabores. Se à coisa que é mais do que certa, apesar de o objectivo a verde lá em cima ser perder uns kg, a verdade é que quero ganhar muito mais do que perder...é assim que todos os dias encaro esta dieta, nada de sacrifícios. Sorrir muito, descubrir muito, criar muito e divertir-me à brava... Passou uma semana e o sorriso continua lá amarelinho e escancarado...Esta odisseia de uma dieta vai de vento em poupa,...e aguardem ahahah para não fugir ao tema amanhã virão umas almondegazinhas de aveia que degostei no meu almoço de domingo ...me aguardem ;)
domingo, 10 de julho de 2011
Como está a Odisseia de uma Dieta Hoje?
Decidi adicionar, na barra lateral do blog, um sensor de monitorização do meu comportamento face à minha dieta. Podem assim monitorizar os meus desvios; bons comportamentos e pecados mortais todos os dias.
Este sensor é composto por quatro símbolos que representam o meu comportamento. Assim:
Sorriso - Estou me a portar maravilhosamente bem. A cumprir a dieta à risca.
Sério - Estou mais ao menos bem comportada, fiz um pequeno deslise em alguma parte.
Triste - Estou a me comportar mal, pequei gravemente.
Doente - Ando à dias seguidos a pecar gravemente, preciso de ajuda, socorrooooooooo....
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Jantar com Sopa - Minestrone à Genovesa
Uma das regras do meu novo regime é à noite ser um pouco mais radical e comer só uma sopinha. É a hora do descanso. O corpo não necessita de grandes energías, e aqueles jantares fartos, emboram soubessem pela vida, estavam fora de questão. Então chegou o reinado da Sopa. Graças a Deus que adoro uma boa sopa. Assim tenho a oportunidade de comer muitas e variadas e fazer novas aventuras no mundo das sopas. Então ontem à noite foi dia para o Minestrone à Genovesa...digamos que não é uma sopa leve, em si mesmo é uma refeição completa, mas confesso que já estava um pouco cansada dos meus purés levezinhos...aahahha ... e tenho me portado tão bem ;). Para quem queira experimentar esta magnifica sopa aqui vai a receita e as fotografias do jantar de ontem ...
Receita:
Ingredientes:
100 g feijão vermelho (eu usei de lata, uma das muitas aldrabices)
1 cebola média (para aqueles que dispensam podem tirar, eu tirei)
3 dentes alho esmagado (também tirei)
100 g de couve repoulho cortada
100 g cogumelos (preferência fresco) cortados
1 corgete pequena cortada aos cubos
1 beringela pequena cortada aos cubos
350 g de tomatos pelados cortados aos cubos
2 colheres sopa de tomatada
Oregãos
50g massa à escolha, pode ser integral (usei fusilli)
Salsa picada
Molho soja
Pimenta-preta
1. Se não forem preguiçosos como eu, cozam feijões, depois de demolhados e guardem a água de cozedura do feijão.
2. Num tacho aqueçam o azeite e refoguem as cebolas e os alhos, depois acrescentar o repoulho, cogumelos, corgetes, beringelas e tomates e deixe cozinhar um pouco.
3. Junte a tomatada, os oregãos, os feijões e o caldo do feijão (ou água, como foi o meu caso). Deixe cozinhar um bocado e depois junte a massa e a salsa e retifique os temperos; molho soja e pimenta e como gosto do picante adicionei uma niquinha de malagueta. Deixe cozer a massa e sirva quentinho...sabe que nem ginjas, neste caso que nem Minestrone à Genovesa. Bon appetit ...
Receita:
Ingredientes:
100 g feijão vermelho (eu usei de lata, uma das muitas aldrabices)
1 cebola média (para aqueles que dispensam podem tirar, eu tirei)
3 dentes alho esmagado (também tirei)
100 g de couve repoulho cortada
100 g cogumelos (preferência fresco) cortados
1 corgete pequena cortada aos cubos
1 beringela pequena cortada aos cubos
350 g de tomatos pelados cortados aos cubos
2 colheres sopa de tomatada
Oregãos
50g massa à escolha, pode ser integral (usei fusilli)
Salsa picada
Molho soja
Pimenta-preta
1. Se não forem preguiçosos como eu, cozam feijões, depois de demolhados e guardem a água de cozedura do feijão.
2. Num tacho aqueçam o azeite e refoguem as cebolas e os alhos, depois acrescentar o repoulho, cogumelos, corgetes, beringelas e tomates e deixe cozinhar um pouco.
3. Junte a tomatada, os oregãos, os feijões e o caldo do feijão (ou água, como foi o meu caso). Deixe cozinhar um bocado e depois junte a massa e a salsa e retifique os temperos; molho soja e pimenta e como gosto do picante adicionei uma niquinha de malagueta. Deixe cozer a massa e sirva quentinho...sabe que nem ginjas, neste caso que nem Minestrone à Genovesa. Bon appetit ...
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Bikediet formula
Aqui via a fantástica fórmula que a minha primeira seguidora partilhou comigo. Obrigada Sandra, falta-me mesmo é a bicicleta ahahah ;)
"Bikediet formula: come o que apetece - carrito + bike = corpinho de assobio"
"Bikediet formula: come o que apetece - carrito + bike = corpinho de assobio"
Os príncipios da dieta
Vamos lá falar dospríncipios base da Odisseia da Dieta.
Não há muito tempo atrás li um livro da Drª Isabel do Carmo que se intitulava "Porque não consigo parar de comer". Não me trouxe nada de novo, ou talvez algumas coisas, mas básicamente reconfirmou-se aquilo que eu acreditava antes (embora não seguisse a bom rigor). Assim lancei os meus 6 príncipios diatéticos desta aventura:1. Comer várias vezes ao dia - Uma dieta não é parar de comer, ao contrário do que a maioría das pessoas faz quando pensa em dieta, não se deve comer poucas vezes, mas sim muitas vezes, um ideal de 6 refeições, distribuindo os alimentos pelas refeições. Esse tipo de privação só leva a que organismo crie uma fome incontrolável, que leva quase sem excepção ao excesso. Ou seja passar o dia sem comer e depois comer uma refeição para a barrotar...não vale. Faz mal à saúde, e o organismo tem tendência a obsorver e acumular mais gordura de forma a compensar a privação. E lá está por outro lado só dura uns dias, como a fome é muita e o jogo psicológio também começam muito mais cedo as compensações.
2. Refeições equilibradas e completas - não devemos tirar ao organismo aquilo que ele necessita, mais tarde ou mais cedo vamos pagar o preço. Olhar para a roda dos alimentos é um bom príncipio, serve de base para compor o nosso prato. Sim são necessários os hidratos de carbono, as batatas, a massa ou até o pão. São necessárias as proteínas, sejam elas animais ou vegetais e claro está muitos legumes, à fartazana. O almoço deve ser uma refeição completa e deve incluir isto tudo e o jantar também. Entre refeições podemos escolher coias mais leves. As frutas, yogurtes, tostas simples, queijo fresco.
3. O dia começa com pequeno almoço - esta é aquela refeição que tendencialmente se tenta eliminar. Nem pensar, o dia começa com energía, começa com um bom pequeno almoço, sentado à mesa regalando o corpo para um dia feliz.
4. Ritual das refeições - Os fast food não é só um conceito de comida, também é um conceito de comportamento perante a comida. Comer em pé, a correr, a ver televisão, sem prestar atenção ao que entra e como entra, está fora de questão. Comer é um acto sagrado à que fazer dele um ritual. Mesa posta como deve ser, dar um toque pessoal à mesa e aos pratos. Sentar-se calmanente e sem pressas. Televisão apagada. É momento de se estar, de se conversar, de se apreciar...na dieta pode e deve-se ter prazer em comer.
5. Comer devagar - foi uma das minhas grandes descobertas. A velocidade é inimiga da quantidade. É um processo fisiológico, quando comemos muito depressa não há tempo para sentir, a mensagem de que já estamos satisfeitos chega tarde demais...a tendência é de fome constante de uma necessidade voraz de comer mais. Descubri que a faca e o garfo são amigas e gostam de se demorar em cada garfada...e incrível sentimos o paladar, e ouvimos o estômago e a cabeça ...é um diálogo revolucionante.
6. O exercício físico - ui ui ui, não gosto nada deste príncipio, mas tem de ser se não não vamos lá. É essencial mexer o corpo, se queremos emagrecer temos que gastar o que está acumulado, não há volta a dar. Para os corajosos coisas mais pesadas servem. Por mim odeio correr, aposto nas caminhadas. Seja o que for, o dia todo parado, sentado a uma secretária é que não pode ser. Toca a mexer este corpinho.
E com isto tudo deu-me uma fome terrível ahahhaha, menos mal é hora do lanche, vai marchar uma fruta com yogurte natural ;)
terça-feira, 5 de julho de 2011
Odisseia de uma Dieta
Este blog surgiu na ideia de muitos outros...uma espécie de diário para um objectivo a médio prazo. A familia no último ano, face à paixão comum pela comida, tem vindo a aumentar de peso assustadoramente. Eu por minha parte engordei 7 kg estando agora com 67,10 kg . Digamos que não é um prognóstico animador, também não é terrível, mas se continuo a este ritmo ui ui.
Perante a situação aterradora do meu peso em ascenssão permanente e após várias tentativas falhadas decidi-me a uma dieta.
Objectivo em 5 meses:
Meu - perder 7 kg
(Digamos que aparentemente é um objectivo tranquilo .)
Delineei o plano, nada de muito radical, nada de dietas malucas, com produtos estranhos, restrições diabólicas. Sou apologista que uma dieta deve-se fazer através de uma alimentação equilibrada e com algum exercício físico e acima de tudo seja um tempo para adquirir novos hábitos para a vida cotidiana do futuro.
E assim me encontro aqui...a partilhar para o ciber espaço esta minha odisseia pela dieta e todas as aventuras que me irá trazer durante 1 ano.
A ideia de vir até este espaço é uma espécie de compromisso maior, com universo inteiro, com um possível alguém que entre aqui.
Vou partilhar o bom e o mau comportamento, não sei se diário, mas arriscarei a dizer que assumo um compromisso de regularidade.
Cá vou a caminho de um peso ideal...só quero chegar as 60kg, digamos que não ambiciono uma cinturinha de princeza...seja o que Deus quizer ;)
Perante a situação aterradora do meu peso em ascenssão permanente e após várias tentativas falhadas decidi-me a uma dieta.
Objectivo em 5 meses:
Meu - perder 7 kg
(Digamos que aparentemente é um objectivo tranquilo .)
Delineei o plano, nada de muito radical, nada de dietas malucas, com produtos estranhos, restrições diabólicas. Sou apologista que uma dieta deve-se fazer através de uma alimentação equilibrada e com algum exercício físico e acima de tudo seja um tempo para adquirir novos hábitos para a vida cotidiana do futuro.
E assim me encontro aqui...a partilhar para o ciber espaço esta minha odisseia pela dieta e todas as aventuras que me irá trazer durante 1 ano.
A ideia de vir até este espaço é uma espécie de compromisso maior, com universo inteiro, com um possível alguém que entre aqui.
Vou partilhar o bom e o mau comportamento, não sei se diário, mas arriscarei a dizer que assumo um compromisso de regularidade.
Cá vou a caminho de um peso ideal...só quero chegar as 60kg, digamos que não ambiciono uma cinturinha de princeza...seja o que Deus quizer ;)
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