Agora na Quinta é assim:
Está lá no alto, escarrapachado, mesmo em frente à cama. Não há como ignorar. Hoje, amanhã e por aí adiante são dias de horta.
Masanobu Fukuoka dá-nos o lema e nós só lhe acrescentamos as tarefas concretas. É importante este preciosismo da objectivação, não se dê o caso de até irmos à horta, mas ficarmos apenas a contemplar a erva a crescer... Com estes vinagreiros nunca se sabe :)
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Chiscar do fósforo
A Humidade e o frio penetram nas casas, na roupa, na
pele. Tudo parece liquidificar-se.
Contudo, existe, na quinta, um feitiço para esconjurar o avançar tenebroso dos fungos e da humidade que empena os ossos. O talismã está debaixo da chaminé. É uma massa de ferro preta, enferrujada pelo o tempo.
Num chiscar do fósforo e no atear da chama, o monstro de ferro começa a tossir fumo e a soltar labaredas e então, nesse instante preciso, dá-se a magia e tudo se transforma, o fogão de lenha acende-se.
Ele domina as nossas vidas nestes tempos de Inverno. Tornamo-nos, com ele,
seres pouco sociais. Estamos sempre a cheirar a fumo e cobertos por pinturas de
guerra, feitas de marcas de cinza (faz parte do ritual). Ai, mas como ele nos
aquece a alma e o corpo.
Acendemos uma vez por dia, enchemo-lo de panelas e cafeteiras e, lentamente, os jantares e os almoços, com sabor a lenha, vão seguindo para a mesa. A humidade e o frio do Inverno arrepiante, são compensados pelo o calor que os corpos absorvem do ferro aquecido pelo fogo. O som do calor das chamas a crepitar acorda os gatos na cozinha e lembra-os, que depois do fogão apagado, haverá uma superfície quentinha para se espreguiçarem uma tarde inteira.
Só queria um em cada quarto e excomungava assim esta humidade para todo o sempre.
Contudo, existe, na quinta, um feitiço para esconjurar o avançar tenebroso dos fungos e da humidade que empena os ossos. O talismã está debaixo da chaminé. É uma massa de ferro preta, enferrujada pelo o tempo.
Num chiscar do fósforo e no atear da chama, o monstro de ferro começa a tossir fumo e a soltar labaredas e então, nesse instante preciso, dá-se a magia e tudo se transforma, o fogão de lenha acende-se.
Acendemos uma vez por dia, enchemo-lo de panelas e cafeteiras e, lentamente, os jantares e os almoços, com sabor a lenha, vão seguindo para a mesa. A humidade e o frio do Inverno arrepiante, são compensados pelo o calor que os corpos absorvem do ferro aquecido pelo fogo. O som do calor das chamas a crepitar acorda os gatos na cozinha e lembra-os, que depois do fogão apagado, haverá uma superfície quentinha para se espreguiçarem uma tarde inteira.
Só queria um em cada quarto e excomungava assim esta humidade para todo o sempre.
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